Para falarmos de Persófona não a podemos separar da sua Mãe Deméter pois respresentam um padrão comum mãe/filha, em que a filha está demasiado próxima da mãe para poder desenvolver uma consciência de si mesma, o lema desta relação é " A mãe é que sabe", a filha Perséfona quer agradar á mãe, e assim este desejo leva-a a ser uma "boa menina" obediente, acomodada, cautelosa e muito " protegida até da experiência menos arriscada.
Embora a mãe pareça forte e independente, essa aparencia é frequentemente enganosa e pode estimular a dependência da filha para a manter perto dela ou fazer da filha uma extensão dela por intermédio da qual pode viver indirectamente.
Aqui também pode entrar em cena um pai dominador e intrometido que estimula a filha dependente, esta atitude controladora pode ser também enganosa, ocultando um apego demasiado intimo à filha, nesta dinamica familiar e na cultura em que vivemos também condiciona as raparigas a equiparar feminilidade com comportamento dependente e passivo, são encorajadas a actuarem como Cinderelas à espera do principe encantado e como Belas Adormecidas à espera que as acordem, esta passividade e dependência são s problemas centrais de muitas mulheres, uma vez que o ambiente este ambiente familiar reforça o arquétipo e por consequencia outros aspectos da personalidade não se desenvolvem.
Assim, mais tarde esta mulher, vai fazer tudo para agradar ao seu par, e adaptar-se ao desejos dele, pôe-se bonita só para ele, porque o encanta e lhe dá prazer, como esta mulher Persefona não é consciente de si própria, também não consegue montar um quadro acerca da sua vida subjectiva, não se analisa, nem analisa as suas motivações, limita-se a ser o que desejam dela, e fica incapaz de se eprimir.
Esther Harding, analista jungiana descreve a facilidade com que uma " mulher anima" recebe a projecção da imagem inconsciente de mulher (anima), que um homem tem e se adapta insconscientemente a ela, e descreve-a da seguinte forma "Assemelha-se a um cristal multifacetado que roda automaticamente, sem qualquer acto de vontade por parte da mulher... por meio desta adaptação, é primeiro uma faceta, e depois outra, que é exibida, e a que se apresenta a quem olha, é sempre a faceta que melhor reflecte a anima do observador".
Esta receptividade de uma mulher Perséfona torna-a muito maleável, dado que as pessoas significativas para ela projectam nela uma imagem ou expectativa, ela não resiste inicialmente, é ser como um "camaleão", veste seja o que for que os outros esperam dela, adapta-se insconscientemente ao que um homem pretende que ela seja, com um determinado homem ela pode ser grande apreciadora de òpera, como na relação seguinte, vemo-la a fazer montanhismo com um "aventureiro" ao lado, ou seja faz de modelo para o par que a retrata como uma ingénua inocente, que é isso que ela é para ele.
Uma mulher Perséfona não precisa de ser jovem nem sexualmente inexperiente para não ter consciencia de si como mulher sensual, enquanto for psicológicamente A Kore, a sua sexualidade não é despertada, embora goste que os homens gostem dela, falta-lhe a paixão.
É tranquila, modesta, obediente, aprende que nunca deve recusar directamente, é educada para evitar perturbar a harmonia através do seu desacordo ou atitude "desagradável", é presente graciosamente mas em segundo plano, prevê todas as necessidades do seu par e, exteriormente aceita o seu destino.
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